Corríamos
pela cidade de Casquilha a procura de Elisabeth e da professora
Isabel, tínhamos que contar o que acabamos de ver. Os celulares das
duas estavam sem sinal. Eu sempre quis aparecer na televisão, dar
entrevistas, ser assediado por fotógrafos, e outras coisas do tipo.
Se nenhum milagre acontecesse certamente meus desejos se tornariam
reais, porém, não seria da maneira que eu gostaria, estávamos
prestes a ser procurados pela polícia. –Minha mãe vai me
matar. Pensei.
-Onde
elas se meteram? Perguntei.
-Isabel
deve estar devorando alguém por aí. Respondeu Joshua.
-Para
com isso Josh. Disse Plínio, parando de correr.
-Porque
você parou P? Perguntei.
-Não
aguento mais correr. Não faz sentido continuarmos correndo.
-Ele
está certo Zack, faltam menos de quinze minutos para nos
encontrarmos na praça. Vamos voltar pra lá, e esperá-las.
Suspirei.
Sabia que eles estavam certos.
-Certo,
vamos voltar.
-Ufa.
Plínio respirou fundo. Ei, pessoal, como acham que é a prisão?
-Cala
a boca P! Falei nervoso.
-Não
iremos pra prisão, somos menores de idade. Provavelmente nos
mandarão pra algum reformatório. Disse Joshua, dando de ombros.
-Você
está ajudando muito Josh. Falei.
-Se a
polícia vier me pegar, fico invisível. Nunca me encontrarão. Disse
Plínio.
-Calados!
Falei.
Não
pudemos evitar o riso.
***
Chegamos
à pracinha onde marcamos de nos encontrar e a parte feminina do
nosso grupo ainda não estava lá. Já haviam se passado 40 minutos,
tentamos ligar novamente, as ligações caiam na caixa postal.
-Será
que aconteceu alguma coisa com elas? Plínio perguntou.
-Calma.
Elas devem estar chegando. Disse Joshua.
De
repente, a professora e Elisabeth apareceram na esquina. Elisabeth
usava uma calça jeans, e estava mancando um pouco. Ela passava a mão
em sua perna direita. A professora olhou para Elisabeth, e deu seu
ombro para que ela pudesse se apoiar.
-Ali
estão elas! Falei.
Quando
se aproximaram, Plínio disparou:
-Nós
estamos muito ferrados, a polícia virá atrás de nós, vão
descobrir que somos estranhos, que temos poderes estranhos...
Principalmente você, professora, que come gente... Quer dizer,
estamos todos ferrados. Vão nos prender. É isso que vai acontecer.
-O
quê? Tenha calma, menino, o que é que você está dizendo?
Perguntou a professora.
-Professora.
Iniciei. - Havia uma câmera de segurança naquela lanchonete. As
câmeras devem ter gravado tudo o que aconteceu. Vimos no noticiário.
O policial disse que o caso já está sendo investigado.
-Meu
Deus! Isso não podia ter acontecido. Temos que nos apressar. Vamos
sair daqui. Disse a professora, chocada.
-O que
aconteceu com sua perna Elisabeth? Perguntou Joshua.
-Ah,
isso... Fomos atacadas.
-Atacadas?
Espantei-me. -Onde?
-Estávamos
numa loja de roupas, quando saímos um homem nos atacou. Mas
conseguimos nos livrar dele. Disse a professora.
-Tentamos
ligar pra vocês e as ligações caíam na caixa postal. Disse
Joshua.
-O
sinal deve ter ficado ruim. Temos que ir agora. Vamos, depressa.
Respondeu de imediato a professora.
-Sua
perna vai ficar bem, Elisabeth? Perguntei.
-Sim,
não foi nada, Zackarie.
***
Já
estava escurecendo, estávamos na estrada. Tínhamos mais algumas
horas de viagem, e procurávamos de algum lugar para passar a
noite. Decidimos não viajar a noite, pois achamos que seria mais
seguro.
-Isabel,
acho melhor encontrarmos um lugar para acampar. Disse Joshua.
-Como
assim? Porque está dizendo isso, Joshua?
Todos
ficaram surpresos com a sugestão.
-É
mais seguro ficarmos num local isolado. Essas cidades estão
infestadas de seres estranhos, fomos atacados naquela lanchonete, e
logo depois vocês foram atacadas em Casquilha, não foram? E
estaremos mais seguros no meio de árvores e mato. Isso eu posso
assegurar.
-Olhando
por esse lado... Disse Elisabeth.
-Tudo
bem. Você tem razão. Vamos encontrar algum lugar para acampar.
Respondeu a professora.
***
Ainda
viajamos por cerca de uma hora até encontrarmos um bom local para
acampar. A professora Isabel colocou o carro para dentro da mata,
graças a Joshua, que abriu caminho, movendo as árvores. Pegamos
nossas mochilas, e fomos armando acampamento. Joshua tinha uma
barraca que cabiam duas pessoas. Eu tinha um saco de dormir na bolsa
que minha mãe arrumou, e mais uma vez tive que agradecer.
-Este
lugar causa arrepios. Que ideia maluca, Josh! Disse Plínio.
-Garanto
que causa muito menos arrepios que outra lanchonete como aquela. Você
não acha? Respondeu Joshua.
-Tenho
lá minhas dúvidas. Na lanchonete pelo menos eu não vi nada, eu
dormi. Plínio falou rindo.
-Engraçadinho.
Falei. -Vamos todos ficar sem ver nada se não fizermos uma fogueira.
Não podemos ficar com o farol do carro aceso a noite toda.
-Vamos
P, pegue sua lanterna e vamos pegar esses galhos secos aqui do lado.
Plínio
pegou uma lanterna do Lanterna Verde.
-Vocês
vão precisar de uma forcinha. Disse Elisabeth. –Não é Lanterna?
- O
que é que vocês estão olhando? Parem com isso, eu sei que vocês
adorariam ter uma raridade dessas. Elas não são mais fabricadas.
-Nem
imaginamos o por que. Disse Joshua.
-É
melhor você ficar aí Elisabeth. Recupere-se. Falei.
-Eu já
estou bem. Eu disse que não era nada. Você é que deveria se
recuperar, seus machucados ainda devem doer. Ela respondeu.
-Bom,
já que é assim, vamos lá. Retruquei.
Pegamos
alguns galhos secos. Não tivemos grandes dificuldades para carregar,
já que Elisabeth parecia uma caçamba, e carregava a parte mais
pesada, sem fazer esforço. Ela realmente não aparentava estar com
problema na perna, pois ela se movia normalmente, como se nada
tivesse acontecido. A professora Isabel havia deixado o som do carro
ligado, bem baixinho.
-Bom,
agora é só colocar fogo nisso, e começar com as histórias de
terror. Disse Plínio sorrindo.
-É
isso aí, a professora é que vai contar a história. Respondi.
-Melhor
deixar pra lá. Disse ele.
Elisabeth
riu.
Acendemos
a fogueira, depois de pouca conversa resolvemos nos deitar.
Elisabeth, e a professora foram dormir no carro, Joshua e Plínio
foram para a barraca, e eu fiquei no meu saco de dormir.
Já
passavam da 00h30min quando me levantei. Fiquei sentado na frente da
fogueira, os mosquitos não estavam me deixando dormir. Para minha
surpresa, Elisabeth levantou-se e veio até mim:
-Não
consegue dormir?
-Esses
mosquitos são umas pragas! E você?
-Estou
sem sono, e dormir naquele carro com a professora não é muito
legal, se é que você me entende.
-Desculpe
Elisabeth, sei que não somos muito próximos, mas você parece meio
estranha.
-Quer
dizer que você me acha estranha?
-Não...
Não foi isso que eu quis dizer... Eu quero dizer que desde que
paramos em Casquilha você parece estar diferente.
-Ah...
Não foi nada. Achei que você diria que eu estava diferente desde a
lanchonete.
-É...
Sim... Depois daquilo acho que nossa afinidade aumentou. Falei
completamente sem graça.
-Pois
é. Ela falou com um sorriso de canto. -Gosto de pessoas com atitude.
Eu dei
uma risada meio sem jeito e falei:
-Então
é por isso que nunca nos demos bem.
Rimos
juntos.
-Talvez
seja. Ela falou.
Elisabeth
aproximou-se de mim, ela olhava nos meus olhos, fixamente. Sem
perceber, também comecei a me aproximar dela, retribuí o olhar
forte que penetrava meus olhos. Ela olhava para meus lábios, e
inconscientemente, meus lábios desejavam os dela. Nossos rostos se
aproximaram, e quando iam se tocar ouvimos um barulho e nos
afastamos.
-É
melhor eu ir dormir, amanhã partiremos cedo. Ela disse.
-É
verdade, melhor irmos dormir. Respondi.
Elisabeth
levantou-se e foi para o carro.
***
Depois
de muito tempo eu havia conseguido “pegar no sono”, mas ouvi uma
conversa, e acordei. A professora Isabel falava baixo com Elisabeth:
-...
Não pode!
-Shiiiii!
Eles vão acordar.
-Você
tem certeza que não pode mais segurar? Você estava se saindo bem.
-Elisabeth,
se não fizermos isso agora teremos sérios problemas
A
professora parecia muito nervosa.
-Vai
ser muito perigoso!
-Não
temos escolha. Vamos!
Elisabeth
e a professora Isabel passaram por mim com uma lanterna, uma bolsa.
Fingi que estava dormindo. Assim que passaram me levantei. Resolvi
segui-las. Elas foram para trás de umas árvores a uns cinco minutos
de onde estávamos acampados. Escondi-me atrás de uma árvore e
fiquei observando.
Elisabeth
despiu a parte de baixo de sua roupa ficando apenas de calcinha.
Fiquei morrendo de vergonha. Muitas coisas vieram à minha cabeça.
De repente, a professora pegou uma faca, uma corrente, e cadeados com
chaves e entregou a Elisabeth. Ela prendeu a professora com a
corrente, suas mãos e seus pés ficaram imobilizados. Logo depois
algo completamente horripilante aconteceu. Elisabeth pegou a faca e
cortou a sangue frio um pedaço da própria perna, em seguida,
alimentou a professora com sua carne.
Continua...
8 comentários:
Insanidade Total!!!
A professora tá na dieta de coxão duro! kkkkkkkkkkk
Mas e Elisabeth? Vai ficar com a perna esburacada? Acho que Zack não vai achar isso atraente...
A não ser que... Huumm... É... Pode ser...
Invocada, forte, mas com sentimentos dentro dela...
Se ela for baixinha, e tiver mais uma habilidade, eu acho que já a vi em algum lugar... Só que ela era homem e tinha um penteado estranho... kkkkkkkkkkkkk
Aguardando explicações e as próximas cenas!
Rapaaaz, o que foi isso??
Tá barril o negocio viu... mas tô pensando uma coisa aqui, será que a professora Isabel é mesmo uma mocinha?
Ela pode ter armado tudo junto com o dr., afinal, ela que levou ele pra escola no começo de tudo... ela pode estar levando os meninos para o dr.!
:O
enfim, uma coisa de cada vez... Elizabeth pode acabar pegando alguma infecção com isso tudo... ferida sempre aberta, dormindo em locais com pouca higiene... a não ser... que ela tenha o poder de regenerar partes do corpo!:O
afinal, logo cedo ela estava mancando e depois já estava normal...
é isso, me empolguei, meu maior comentário! kkkkkkkk
ansiosa pela proxima terça!
Keep Calm. Me explica ai.
Qual é a dessa professora. Agora ela me aparece com isso. Cheia de segredinhos.
Quer dizer que ela levou Elisabeth por causa disso?
Bom, sendo assim, Elisabeth pode regenerar-se, porque provavelmente elas já vinham fazendo isso.
"-Você tem certeza que não pode mais segurar? Você estava se saindo bem."
Caramba, essa professora é com certeza muito sinistra!!!!
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E esse romance de Zack com Elisabeth. Será que ele já se esqueceu de Elisa? Isso com certeza ainda vai dar alguma coisa.
Já to esperando a prox terça. Muito bom!
Olha ai a Professora Isabel comendo pelas beiradas....hehehehe
também penso que Elisabeth se regenera ou ela já estaria sem as pernas...
"vamo que vamo"
AH! não! agora deu foi um nó na minha cabeça, não estou entendendo mais nada. Cada dia que passa, a coisa vai crescendo, crescendo e cada vez mais aparecndo mais monstros...
=O
Essa professora é virada na poha. Ela e Elisabeth estão aprontando. Agora resta saber o que.
Aguardando o próximo capitulo.
Que gastura!!!
Quanto mais mexe, mas mistérios aparecem =)
Muito bom, aguardamos com ansiedade as cenas do próximo capitulo rsrs
Rapaz! Quando eu penso que não pode ficar mais esquisito,Elisabeth me faz uma coisa dessas. Aí tem.
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