Enquanto meus amigos acordavam,
eu sentia que iria desmaiar a qualquer momento. Eu havia usado muita energia,
minhas costas tinham as marcas das garras do adversário assustador com quem eu
havia lutado instantes atrás.
-Mas... O que aconteceu aqui?
Perguntou Plínio, levantando-se.
-Vocês comeram o sanduíche e
dormiram. Respondi.
-Zackarie, Elisabeth! Vocês estão
bem? Que ferimento é esse nas suas costas, garoto? A professora Isabel
levantou-se inquieta, e foi na direção de Elisabeth.
-Professora, eu estou bem, cuide
do Zackarie. Ele está bastante ferido. Disse Elisabeth.
-Esperem aí, vou ao carro e já
volto. Disse a professora.
Joshua foi o último a se
levantar, quando acordou foi na direção do funcionário que estava caído. O
único de nossos adversários que estava vivo naquele estabelecimento. Joshua o
segurou pela gola da camisa:
-Porque vocês fizeram isso com a
gente? Responda!
-Nós...
Joshua ergueu seu punho direito.
-Responda! Antes que eu...
-Josh. Esse homem está prestes a
morrer. Não faça isso. Interrompi.
A professora Isabel chegou com um
kit de primeiros socorros.
-Venha Zackarie, farei um
curativo em você.
O homem segurou nas mãos de
Joshua com muito esforço. Ele parecia tentar mostrar algo. Para nossa surpresa
ele começou a falar.
-Eu... Eu só precisava
sobreviver... Nós estávamos juntos quando aconteceu...
-O quê? O que aconteceu?
Perguntou Joshua.
-Ele disse... Que as vacinas nos
deixariam livres de doenças... Depois que tomamos... Ficamos assim... Se não conseguíssemos
pessoas para roubar energia... Morreríamos.
-Ele quem? Quem disse? Quem deu
essas vacinas pra vocês? Insistiu Joshua.
-Oli...
-Quem? Oli? Quem é Oli?
O homem apertou um pouco mais as
mão de Joshua, como se aquele aperto fosse uma última tentativa de agarrar-se a
vida. Não adiantou, o pobre deu um último suspiro, e soltou-se do fio que
separava a vida e a morte. Joshua passou a mão por suas pálpebras e as fechou.
- Ele morreu. Disse Joshua.
A professora Isabel fazia um
curativo em mim e parecia incomodada. Ela parecia estar travando uma batalha
interna. E era realmente isso que estava acontecendo.
-Joshua, Plínio. Terminem de
fazer esse curativo, vou levar Elisabeth para o carro.
- Tudo bem, professora.
A professora foi ajudar Elisabeth
a se levantar, e de vez em quando se contorcia um pouco, travando o pescoço.
-Professora, a senhora está bem?
Perguntou Elisabeth.
-Sim, é apenas um pequeno
problema que ainda não consegui resolver.
Elisabeth olhou para os corpos
que estavam espalhados pelo estabelecimento.
-Esse problema por acaso seria
sangue, professora?
-É... Sim. Esse é o problema.
Respondeu a professora.
-Estamos em perigo?
-Se você continuar fazendo
perguntas ao invés de andar, sim.
***
Estávamos no carro, e eu pedi
para que Plínio olhasse minha mala para ver se tinha alguma coisa pra comer,
por sorte, tinha. Minha mãe havia colocado uma vasilha cheia de biscoitos, e
alguns sanduíches de queijo e presunto. Pelo menos pra alguma coisa aquela
grande mala tinha servido. Plínio também tinha algumas coisas. Resolvemos ir
comendo no carro.
-Meninos esperem aí. Disse a
professora Isabel.
A professora nos deixou no carro
e foi até o estabelecimento. Depois de alguns minutos ela retornou, limpando o
canto da boca.
-Pronto, agora podemos ir. Disse
ela.
***
Depois de termos parado para
comer, e abastecer o carro, voltamos para a estrada, e apenas um de nós havia
comido naquela lanchonete.
-Professora, você é realmente
assustadora! Disse Joshua.
Plínio ficou desconfortável com
aquelas palavras. Ele falou baixinho:
-Ei, Josh! Fica quieto!
-Infelizmente não posso evitar
isso, Joshua. Preciso encontrar alguém que possa me livrar dessa maldição.
-Mas porque a senhora
simplesmente não tenta parar? Perguntei.
-Porque se não ela morre. Disse
Elisabeth.
Ficamos todos em silêncio por um
instante.
-Então a senhora é igual aqueles
caras! Disse Plínio.
A professora balançou a cabeça
positivamente.
-Vamos encontrar uma solução para
isso, eu tenho certeza. Falei.
Continuamos conversando, e contei
para todos o que havia acontecido durante a batalha contra o poderoso homem na
lanchonete. Depois de quase uma hora, chegamos numa pequena cidade chamada
Casquilha, paramos para descansar numa pracinha que ficava bem no centro da
cidade. Joshua sentou-se ao lado da professora Isabel, Plínio foi ligar para
sua mãe, e se afastou um pouco de onde estávamos. Eu sentei-me num banco de
madeira, e Elisabeth se sentou ao meu lado.
-Como estão seus ferimentos?
Perguntou Elisabeth.
-É... Estão doendo. Sorri meio
sem jeito.
-Você foi muito corajoso hoje. Se
você não tivesse lutado, com certeza estaríamos mortos. Você nos salvou
Zackarie.
-Se não fosse por você também
estaríamos mortos. Você é que foi corajosa. Falei.
-Eu fui, mas foi você que nos
salvou.
-Quem nos salvou foi o P, que
derrubou meu sanduíche.
Rimos juntos.
-Não se subestime garoto.
Elisabeth falou me encarando.
O olhar dela não era tão
ameaçador quanto antes, agora era um olhar meigo, um olhar forte. Era como se a
armadura que Elisabeth vestia, estivesse guardada momentaneamente. Elisabeth
olhava para mim, e parecia estar enxergando minha alma.
Ela beijou meu rosto suavemente,
e se levantou.
-Obrigado por nos salvar, cabeça
de gelo.
Fiquei completamente surpreso, e
corei. Eu nunca havia imaginado aquele momento. Elisabeth Tompson me agradecendo,
e me beijando. Foi bom.
Enquanto isso a professora Isabel
combinava de dar uma volta pela cidade.
-Garotos! Daqui a 30 minutos nos
encontraremos aqui. Enquanto isso, estiquem as pernas por aí. Aproveitem e
observem se não há coisas estranhas pela cidade. Mas se por acaso avistarem
algo, avisem. Disse a professora.
-Tudo bem, 30 minutos. Disse
Joshua.
-Certifiquem-se de que estão com
seus celulares. Disse a professora.
Colocamos a mão no bolso, e
acenamos positivamente.
***
Eu, Plínio e Joshua fomos numa
direção, enquanto a professora Isabel e Elisabeth foram em outra. Compramos
sorvete, conversamos algumas besteiras, passamos em algumas lojas de
souvenires. Joshua conheceu uma garota, conversou um pouco e depois pegou o
número dela. Plínio resolveu ir numa loja de eletrônicos, mas ficou frustrado
por não encontrar nada novo. Eu não queria ver nada em específico, só queria
esquecer um pouco toda a maluquice que estávamos vivendo diariamente.
-Isso aqui está meio que um shopping
ao céu aberto. Falei.
- Prefiro os Shoppings
convencionais Disse Plínio.
- Eu também, P. Disse Joshua.
-Eu não disse que prefiro assim.
Retruquei.
Enquanto discutíamos coisas sem
sentido, passamos em frente a uma loja de eletrodomésticos, e na vitrine,
algumas televisões mostravam o noticiário.
-Ei, Olhem isso. Disse Plínio.
Paramos na frente da loja para
assistir o noticiário:
- Foram encontrados dois corpos dentro de um estabelecimento comercial
na rota 321, um terceiro corpo está sendo averiguado pela polícia. Segundo os
policiais, este terceiro corpo teria sido esquartejado. O Capitão da polícia
disse que o caso já está sendo investigado, e que tudo pode ser esclarecido
rapidamente, pois eles terão a ajuda de uma câmera de segurança do estabelecimento.
Continua...
10 comentários:
Pxxxxxxxxxx essa professora é barril 3 mil!!
Ok, vamos aos fatos:
1. Vacina?? OI?? O caso é pior do que eu pensava... Desde quando isso pode estar acontecendo?
2. Oli? Pode ser Oliver, o ele tentava dizer O lynder? Pq se não foi o Dr, a coisa realmente é muito grande! (Mas isso eu já desconfiava, to esperando o MIB aparecer)
3. Elisabeth ainda esconde um segredo, não é só essa força toda, que aliás pode não ter vindo da mesma explosão que afetou os meninos...
4. Meio estranho a professora mandar todo mundo se separar logo após sofrerem um ataque né não?
5. Cê tava com fome quando escreveu esse capitulo? Só fala de comida!! kkkkkkkkk chega fiquei com fome aqui.
Aguardando o próximo.
Câmera de segurança?
FFUUUUUUUU...
Então eles serão descobertos? E agora serão perseguidores (do Dr Lynder) e perseguidos (pela polícia, Norad, MIB)???
a tensão está aumentando!!!
aguardando os próximos capítulos...
Como assim climinha com a "cunhada"? haha
Como assim foi o "Oli"? quem é "oli"? eis a questão!!
E como assim a professora PRECISA de sangue? Quer dizer que pode chegar um momento em que ela terá que atacar um de seus aliados para sobreviver?!
Como disse Poliana, é barril 3 mil!! kkkkkkk
Próximo capítulo por favor!
câmera de segurança??? agora todos irão saber quem são eles...em todos os lugares...serão reconhecidos, inclusive em sua cidade natal...
mas e se a câmera não estiver funcionando??
)))Mistééério(((
Agora a coisa vai se complicar, câmeras de segurança. Muito bom acompnhar essa aventura. Aguardarei os próximos capítulos.
E agora!, as coisas estão começando a esquentar pro lado deles. " E se eles foram gravados"? E o professor Lynder, quem se lembra dele?
Eita Fo*** câmeras, imagine a confusão que isso vai dá. E o caso é sério em vacinas. Ta massa demais!!!
Eita Fo*** câmeras, imagine a confusão que isso vai dá. E o caso é sério em vacinas. Ta massa demais!!!
FUUU**** Foi a primeira coisa que veio em minha cabeça.
E agora? Como eles vão se livrar disso? Agora todo mundo vai ser procurado pela polícia.
Quem é Oli?
A série continua num ótimo ritmo. Estou muito ansioso pelo próximo. Viciei em Adaptation. Já favoritei. rsrsrsrsrsrs
Eita f...., quem disse que nao pode ficar pior? kkkkkkkkkkkkk
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