terça-feira, 23 de outubro de 2012

Adaptation: Capítulo 10


Enquanto meus amigos acordavam, eu sentia que iria desmaiar a qualquer momento. Eu havia usado muita energia, minhas costas tinham as marcas das garras do adversário assustador com quem eu havia lutado instantes atrás.
-Mas... O que aconteceu aqui? Perguntou Plínio, levantando-se.
-Vocês comeram o sanduíche e dormiram. Respondi.
-Zackarie, Elisabeth! Vocês estão bem? Que ferimento é esse nas suas costas, garoto? A professora Isabel levantou-se inquieta, e foi na direção de Elisabeth.
-Professora, eu estou bem, cuide do Zackarie. Ele está bastante ferido. Disse Elisabeth.
-Esperem aí, vou ao carro e já volto. Disse a professora.
Joshua foi o último a se levantar, quando acordou foi na direção do funcionário que estava caído. O único de nossos adversários que estava vivo naquele estabelecimento. Joshua o segurou pela gola da camisa:
-Porque vocês fizeram isso com a gente? Responda!  
-Nós...
Joshua ergueu seu punho direito. -Responda! Antes que eu...
-Josh. Esse homem está prestes a morrer. Não faça isso. Interrompi.
A professora Isabel chegou com um kit de primeiros socorros.
-Venha Zackarie, farei um curativo em você.
O homem segurou nas mãos de Joshua com muito esforço. Ele parecia tentar mostrar algo. Para nossa surpresa ele começou a falar.
-Eu... Eu só precisava sobreviver... Nós estávamos juntos quando aconteceu...
-O quê? O que aconteceu? Perguntou Joshua.
-Ele disse... Que as vacinas nos deixariam livres de doenças... Depois que tomamos... Ficamos assim... Se não conseguíssemos pessoas para roubar energia... Morreríamos.
-Ele quem? Quem disse? Quem deu essas vacinas pra vocês? Insistiu Joshua.
-Oli...
-Quem? Oli? Quem é Oli?
O homem apertou um pouco mais as mão de Joshua, como se aquele aperto fosse uma última tentativa de agarrar-se a vida. Não adiantou, o pobre deu um último suspiro, e soltou-se do fio que separava a vida e a morte. Joshua passou a mão por suas pálpebras e as fechou.
- Ele morreu. Disse Joshua.
A professora Isabel fazia um curativo em mim e parecia incomodada. Ela parecia estar travando uma batalha interna. E era realmente isso que estava acontecendo.
-Joshua, Plínio. Terminem de fazer esse curativo, vou levar Elisabeth para o carro.
- Tudo bem, professora.
A professora foi ajudar Elisabeth a se levantar, e de vez em quando se contorcia um pouco, travando o pescoço.
-Professora, a senhora está bem? Perguntou Elisabeth.
-Sim, é apenas um pequeno problema que ainda não consegui resolver.
Elisabeth olhou para os corpos que estavam espalhados pelo estabelecimento.
-Esse problema por acaso seria sangue, professora?
-É... Sim. Esse é o problema. Respondeu a professora.
-Estamos em perigo?
-Se você continuar fazendo perguntas ao invés de andar, sim.
***

Estávamos no carro, e eu pedi para que Plínio olhasse minha mala para ver se tinha alguma coisa pra comer, por sorte, tinha. Minha mãe havia colocado uma vasilha cheia de biscoitos, e alguns sanduíches de queijo e presunto. Pelo menos pra alguma coisa aquela grande mala tinha servido. Plínio também tinha algumas coisas. Resolvemos ir comendo no carro.
-Meninos esperem aí. Disse a professora Isabel.
A professora nos deixou no carro e foi até o estabelecimento. Depois de alguns minutos ela retornou, limpando o canto da boca.
-Pronto, agora podemos ir. Disse ela.
***

Depois de termos parado para comer, e abastecer o carro, voltamos para a estrada, e apenas um de nós havia comido naquela lanchonete.
-Professora, você é realmente assustadora! Disse Joshua.
Plínio ficou desconfortável com aquelas palavras. Ele falou baixinho:
-Ei, Josh! Fica quieto!
-Infelizmente não posso evitar isso, Joshua. Preciso encontrar alguém que possa me livrar dessa maldição.
-Mas porque a senhora simplesmente não tenta parar? Perguntei.
-Porque se não ela morre. Disse Elisabeth.
Ficamos todos em silêncio por um instante.
-Então a senhora é igual aqueles caras! Disse Plínio.
A professora balançou a cabeça positivamente.
-Vamos encontrar uma solução para isso, eu tenho certeza. Falei.
Continuamos conversando, e contei para todos o que havia acontecido durante a batalha contra o poderoso homem na lanchonete. Depois de quase uma hora, chegamos numa pequena cidade chamada Casquilha, paramos para descansar numa pracinha que ficava bem no centro da cidade. Joshua sentou-se ao lado da professora Isabel, Plínio foi ligar para sua mãe, e se afastou um pouco de onde estávamos. Eu sentei-me num banco de madeira, e Elisabeth se sentou ao meu lado.
-Como estão seus ferimentos? Perguntou Elisabeth.
-É... Estão doendo. Sorri meio sem jeito.
-Você foi muito corajoso hoje. Se você não tivesse lutado, com certeza estaríamos mortos. Você nos salvou Zackarie.
-Se não fosse por você também estaríamos mortos. Você é que foi corajosa. Falei.
-Eu fui, mas foi você que nos salvou.
-Quem nos salvou foi o P, que derrubou meu sanduíche.
Rimos juntos.
-Não se subestime garoto. Elisabeth falou me encarando.
O olhar dela não era tão ameaçador quanto antes, agora era um olhar meigo, um olhar forte. Era como se a armadura que Elisabeth vestia, estivesse guardada momentaneamente. Elisabeth olhava para mim, e parecia estar enxergando minha alma.
Ela beijou meu rosto suavemente, e se levantou.
-Obrigado por nos salvar, cabeça de gelo.
Fiquei completamente surpreso, e corei. Eu nunca havia imaginado aquele momento. Elisabeth Tompson me agradecendo, e me beijando. Foi bom.
Enquanto isso a professora Isabel combinava de dar uma volta pela cidade.
-Garotos! Daqui a 30 minutos nos encontraremos aqui. Enquanto isso, estiquem as pernas por aí. Aproveitem e observem se não há coisas estranhas pela cidade. Mas se por acaso avistarem algo, avisem. Disse a professora.
-Tudo bem, 30 minutos. Disse Joshua.
-Certifiquem-se de que estão com seus celulares. Disse a professora.
Colocamos a mão no bolso, e acenamos positivamente.
***

Eu, Plínio e Joshua fomos numa direção, enquanto a professora Isabel e Elisabeth foram em outra. Compramos sorvete, conversamos algumas besteiras, passamos em algumas lojas de souvenires. Joshua conheceu uma garota, conversou um pouco e depois pegou o número dela. Plínio resolveu ir numa loja de eletrônicos, mas ficou frustrado por não encontrar nada novo. Eu não queria ver nada em específico, só queria esquecer um pouco toda a maluquice que estávamos vivendo diariamente.
-Isso aqui está meio que um shopping ao céu aberto. Falei.
- Prefiro os Shoppings convencionais Disse Plínio.
- Eu também, P. Disse Joshua.
-Eu não disse que prefiro assim. Retruquei.
Enquanto discutíamos coisas sem sentido, passamos em frente a uma loja de eletrodomésticos, e na vitrine, algumas televisões mostravam o noticiário.
-Ei, Olhem isso. Disse Plínio.
Paramos na frente da loja para assistir o noticiário:
- Foram encontrados dois corpos dentro de um estabelecimento comercial na rota 321, um terceiro corpo está sendo averiguado pela polícia. Segundo os policiais, este terceiro corpo teria sido esquartejado. O Capitão da polícia disse que o caso já está sendo investigado, e que tudo pode ser esclarecido rapidamente, pois eles terão a ajuda de uma câmera de segurança do estabelecimento.      

Continua...

10 comentários:

Unknown disse...

Pxxxxxxxxxx essa professora é barril 3 mil!!
Ok, vamos aos fatos:
1. Vacina?? OI?? O caso é pior do que eu pensava... Desde quando isso pode estar acontecendo?
2. Oli? Pode ser Oliver, o ele tentava dizer O lynder? Pq se não foi o Dr, a coisa realmente é muito grande! (Mas isso eu já desconfiava, to esperando o MIB aparecer)
3. Elisabeth ainda esconde um segredo, não é só essa força toda, que aliás pode não ter vindo da mesma explosão que afetou os meninos...
4. Meio estranho a professora mandar todo mundo se separar logo após sofrerem um ataque né não?
5. Cê tava com fome quando escreveu esse capitulo? Só fala de comida!! kkkkkkkkk chega fiquei com fome aqui.

Aguardando o próximo.

Gustavo Moreira disse...

Câmera de segurança?

FFUUUUUUUU...

Então eles serão descobertos? E agora serão perseguidores (do Dr Lynder) e perseguidos (pela polícia, Norad, MIB)???

a tensão está aumentando!!!

aguardando os próximos capítulos...

Deborah Miranda disse...

Como assim climinha com a "cunhada"? haha
Como assim foi o "Oli"? quem é "oli"? eis a questão!!
E como assim a professora PRECISA de sangue? Quer dizer que pode chegar um momento em que ela terá que atacar um de seus aliados para sobreviver?!

Como disse Poliana, é barril 3 mil!! kkkkkkk
Próximo capítulo por favor!

Anônimo disse...

câmera de segurança??? agora todos irão saber quem são eles...em todos os lugares...serão reconhecidos, inclusive em sua cidade natal...
mas e se a câmera não estiver funcionando??
)))Mistééério(((

Aline Sampaio disse...

Agora a coisa vai se complicar, câmeras de segurança. Muito bom acompnhar essa aventura. Aguardarei os próximos capítulos.

Eddi Brito Dêda de Andrade disse...

E agora!, as coisas estão começando a esquentar pro lado deles. " E se eles foram gravados"? E o professor Lynder, quem se lembra dele?

Nekita Lays disse...

Eita Fo*** câmeras, imagine a confusão que isso vai dá. E o caso é sério em vacinas. Ta massa demais!!!

Nekita Lays disse...

Eita Fo*** câmeras, imagine a confusão que isso vai dá. E o caso é sério em vacinas. Ta massa demais!!!

Saulo disse...

FUUU**** Foi a primeira coisa que veio em minha cabeça.
E agora? Como eles vão se livrar disso? Agora todo mundo vai ser procurado pela polícia.

Quem é Oli?

A série continua num ótimo ritmo. Estou muito ansioso pelo próximo. Viciei em Adaptation. Já favoritei. rsrsrsrsrsrs

Jefferson disse...

Eita f...., quem disse que nao pode ficar pior? kkkkkkkkkkkkk