terça-feira, 13 de novembro de 2012

Adaptation: Capítulo 13

-Vocês demoraram mais que o esperado. Disse o Dr. Lynder com um tom de voz suave.
-Tivemos alguns imprevistos. Respondeu a professora Isabel.
Elisabeth olhou para mim meio receosa, como se estivesse com medo da minha reação. Logo depois se voltou para a professora. Joshua e Plínio ficaram em pé ao meu lado.
-Isabel? Disse Elisabeth, demonstrando-se confusa.
Eu olhei para meus amigos. Não sabia mais o que pensar. De repente, meu estômago começou a embrulhar. Plínio cochichou no meu ouvido:
-Ela não parece ser inimiga dele. Ele estava a esperando.
Eu tentava observar tudo. Rezava para que a professora Isabel não estivesse armando alguma coisa, pois eu já não tinha mais confiança nela.
-Estes devem ser os garotos de que você tanto falou. Olhando assim não parecem ser úteis. Disse o Dr. Lynder
-Não os julgue pela aparência. Não os subestime. Respondeu a professora olhando para nós.
- Venham garotos. Vamos ver qual será a utilidade de vocês. Disse o Doutor, olhando insaciavelmente para nós.
-Não vamos a lugar nenhum! Disse Joshua. –Isabel, O que está acontecendo aqui?
-Não sejam teimosos garotos, ou vocês irão se arrepender. Disse a professora.
-Isabel. Porque você está falando desse jeito? Disse Elisabeth.
-Não faça perguntas, Elisabeth. Venha conosco. Retrucou Isabel.
Joshua acenou para mim com a cabeça, e pegou algumas sementes do seu bolso. Logo, ele as lançou no chão.
-Elisabeth, você está conosco? Perguntou Joshua.
Elisabeth olhou para a professora, depois olhou para mim.
-Responda! Insistiu Joshua.
-Sim! Ela respondeu. E ficou ao nosso lado.
De repente mais cinco homens de terno preto apareceram.
-Homens, peguem-nos. Mas lembrem-se, preciso desses merdinhas vivos.
-Pessoal, para trás, rápido!
Joshua abaixou-se e tocou nas sementes que havia jogado no chão. De repente ele começou a suar.
-Se não querem morrer, é melhor não chegarem perto de nós. Disse Joshua, que irradiava confiança.
-Cuidado Josh! Gritou Plínio.
***


Um homem de terno avançou na direção de Joshua, mas para a surpresa de todos, ele foi subitamente devorado por uma planta. Joshua nos cercou de sementes.
-Aaaaaaaah!!!
-Mas que diabos! Gritou um dos homens.
Enormes plantas apareceram em nossa frente, elas tinham um formato de jarro, com um líquido pegajoso escorrendo pelo tronco. Eram assustadoras.
-Conheçam a Nephentes attenboroughii,geneticamente modificada, claro. Não é uma beleza? Disse Joshua. -Essa é uma das maiores plantas carnívoras conhecidas até hoje. Em seu estado normal elas chegam a se alimentar de pequenos mamíferos, como ratos por exemplo. Elas atraem as vítimas através de algumas substâncias, e depois usam sua gosma para prendê-las. E graças ao nosso querido Dr. Lynder, eu consigo transformar geneticamente alguns vegetais. A Nephentes ficou uma maravilha.
O homem estava se debatendo dentro da planta. As vezes seu braço aparecia, mas rapidamente era sugado novamente.
-Que moleque atrevido! Esbravejou Lynder.
-Josh, não sei se estou me sentindo seguro aqui. Falei.
Joshua parecia cansado.
-Não se preocupe, tenho controle sobre elas.
-Não sabia que você já tinha alcançado um nível tão alto, Joshua. Disse Elisabeth.
-Nível alto de quê? Perguntou Plínio.
Para minha surpresa, Plínio não parecia nervoso.
-Um nível de luta. Não sei explicar bem. Joshua já consegue fazer coisas incríveis com seus poderes. Ele está adaptando-se sem maiores problemas. Respondeu Elisabeth.
-O que você sabe sobre isso Elisabeth? Você está falando igual aquele homem que enfrentamos na lanchonete. Falei.
-A professora Isabel havia me falado a respeito. Ela disse que estes poderes eram coisas boas, desde que tivéssemos controle sobre eles. Ela disse que poderíamos desenvolvê-lo, praticando. Estudando nosso próprio corpo, descobrindo nossos pontos fracos. Mas...
-Mas o quê?
-Ela disse que desenvolver esses poderes também pode ser perigoso. Se usarmos mais força do que realmente temos, podemos nos transformar em monstros, ou... Morrer.
-Mas... Então... A professora Isabel já sabia de tudo. Você sabia que a intenção dela era nos levar para a morte, Elisabeth? Perguntei.
-Josh, você está bem? Perguntou Plínio, tocando nos ombros do amigo.
-Não! Eu não sabia! Ela me disse que precisava de ajuda. Disse que muitas pessoas estavam morrendo, e que se eu não a ajudasse coisas horríveis iriam acontecer. Ela sabia sobre vocês, e disse que também corriam perigo, assim como nossas famílias. Foi assim que ela me contou tudo, e me ajudou a desenvolver meus poderes, para que eu pudesse ajudá-la. Respondeu Elisabeth, aflita.
-E aqueles caras da lanchonete? E os monstros que apareceram em Lumus? O que você sabe sobre isso? Perguntei.
Uma das plantas de Joshua pegou mais um homem. De repente Joshua caiu ajoelhado.
-Josh! Fui a sua direção.
-Zack, não podemos continuar aqui. Josh não resistirá por muito tempo. Temos que arranjar um jeito de despistá-los. Disse Plínio.
- Você está certo. Respondi.
-Vamos lutar juntos. Disse Elisabeth. – Não podemos nos esconder aqui o tempo todo.
***
-Senhor, o que faremos? Não podemos encostar nessas coisas. Disse um dos homens de terno.
-Calma, está tudo sob controle. Disse o Doutor, olhando para trás e fazendo um gesto com as mãos. –Artur, veja se essas plantas gostam de calor.
De repente um homem alto e negro se aproximou com um saco pendurado as costas, e duas pedras em cada mão.
-Sim senhor.
O homem deixou as mãos abertas e de repente uma fumaça começou a subir. Ele começou a atirar pedras na direção das plantas. A força e a velocidade que ele atirava eram absurdas. As pedras acertavam as plantas, e atravessavam como se não houvesse nada a frente. A gosma das Nephentes escorriam pelo chão, e por fim as folhas dos vegetais começavam a pegar fogo. Pra piorar a situação, as pedras vinham em nossa direção.
-Cuidado! Gritou Joshua.
Uma das pedras passou raspando no meu rosto. Concentrei-me e fiz uma barreira gelo, mas não adiantou muita coisa. As pedras continuavam a vir como tiros.
-Vamos sair daqui! Gritou Joshua.
As plantas estavam queimando. Elisabeth tomou a frente, e colocou Joshua para trás. Plínio ficou invisível, mas eu sabia que ele estava ao lado de Joshua, para apoiá-lo. Concentrei-me o máximo para criar uma espécie de raio de gelo em minhas mãos, para que pudesse lançar na direção dos meus inimigos. Não consegui. O raio não foi grande o suficiente para causar qualquer dano, e um enorme cilindro de gelo caiu no chão.
-Você é fraco garoto. Disse Lynder. –Vocês não têm para onde ir.
Elisabeth recebeu uma pedrada na barriga.
-Ai!
-Elisabeth!
-Eu estou bem, não foi nada.
-Artur. Já vi o que gostaria de ver. Estou entrando com Olivar. Não demore muito.
-Sim senhor.
O homem parou momentaneamente de atirar, e nós fomos nos afastando.Criei uma forte névoa para dificultar a visão do inimigo.
-Zackarie, é isso! Disse Elisabeth.
-Isso o quê? Perguntei.
-A professora. Você não lembra o que aquele homem na lanchonete disse antes de morrer?
-Ele disse alguma coisa relacionada a vacinas. Respondi.
-Isso! Ele disse que alguém havia dado essas vacinas pra ele e seus companheiros.
-Mas ele disse que foi um homem.
Acabei me lembrando daquela cena:
-Eu... Eu só precisava sobreviver... Nós estávamos juntos quando aconteceu...
-O quê? O que aconteceu? Perguntou Joshua.
-Ele disse... Que as vacinas nos deixariam livres de doenças... Depois que tomamos... Ficamos assim... Se não conseguíssemos pessoas para roubar energia... Morreríamos.
-Tenho certeza, Elisabeth. Ele disse que era um homem. Afirmei.
-Ele disse que era Oli, Zack. A professora chama-se Isabel Olivar. Os poderes dela assemelham-se aos deles. É muita coincidência. Ela poderia estar disfarçada, ou qualquer coisa do tipo. Talvez eles não tenham visto o rosto dela. Zack, eu tenho certeza, a professora Isabel está envolvida nisso até o pescoço.


Continua...


9 comentários:

Unknown disse...

Ahhhh uadafóqui meen??

Eles realmente acham que conseguem dar conta de outras pessoas mutantes e treinadas??
Eu sabia que essa professora não prestava!
Mas e agora? Como ta o Josh? A poha ficou séria!!

Ainda esperando o MIB...

Deborah Miranda disse...

:O
Eu sabiiiiia! Essa professora não vale nada!
Meninos, fujam! Agora vocês precisam treinar para lidar com esses monstros e com o pior é claro, o líder deles!!

Que aflição!

Saulo disse...

Li os dois últimos capítulos agora. Quando vi a professora dizendo que o nome era Isabel Olivar estranhei, mas não cheguei a pensar que ela fosse Oli.

E agora, como eles vão escapar? Fuuu...

Eddi Brito Dêda de Andrade disse...

Já desconfiava da professora desdo início, mas continuo com as ideias embaraçadas. complicado né...

Aline Sampaio disse...

Que professorinha falsa, bem que ela nunca me inspirou confiança. Quanto mais eu leio, mais ansiosa eu fico.

Gustavo Moreira disse...

Uaaatáhel!

que disgrama... é por isso que eu digo, nunca confie num professor...
eles se fazem de amigos e te reprovam, ou te levam para uma enrascada como essa...


aguardando próximas cenas...

Diego disse...

:O

COMASSIM??????
Quer dizer que a professora é o cãaao!!

Fiquei muito curioso. A cena de Joshua com as plantas foi muito boa.

Esperando o prox.

Anônimo disse...

professora da peste!!!
engordou joãozinho e as Mariazinhas para depois comer...hehehe
Zack e sua turma vão tomar uma surra....o melhor agora é fugir, procurar pessoas como eles, formar um pequeno exercito e o mais importante, desenvolver os poderes[FATO]...

Aguardando os próximos caps...

Nekita!! disse...

Joshua foi show de bola, caramba eu até desconfiava do cientista maluko, mas da professora...pobre Elizabeth que decepção...mas isso mesmo isso pra mim foi filosofico, as vezes na vida cê da apoio a pessoas cobras e so ver isso depois aff que tenso. Curiosa ai pra saber como é que essa galera vai se safar!!! xeros