-Vocês
demoraram mais que o esperado. Disse o Dr. Lynder com um tom de voz
suave.
-Tivemos
alguns imprevistos. Respondeu a professora Isabel.
Elisabeth
olhou para mim meio receosa, como se estivesse com medo da minha
reação. Logo depois se voltou para a professora. Joshua e Plínio
ficaram em pé ao meu lado.
-Isabel?
Disse Elisabeth, demonstrando-se confusa.
Eu
olhei para meus amigos. Não sabia mais o que pensar. De repente, meu
estômago começou a embrulhar. Plínio cochichou no meu ouvido:
-Ela
não parece ser inimiga dele. Ele estava a esperando.
Eu
tentava observar tudo. Rezava para que a professora Isabel não
estivesse armando alguma coisa, pois eu já não tinha mais confiança
nela.
-Estes
devem ser os garotos de que você tanto falou. Olhando assim não
parecem ser úteis. Disse o Dr. Lynder
-Não
os julgue pela aparência. Não os subestime. Respondeu a professora
olhando para nós.
-
Venham garotos. Vamos ver qual será a utilidade de vocês. Disse o
Doutor, olhando insaciavelmente para nós.
-Não
vamos a lugar nenhum! Disse Joshua. –Isabel, O que está
acontecendo aqui?
-Não
sejam teimosos garotos, ou vocês irão se arrepender. Disse a
professora.
-Isabel.
Porque você está falando desse jeito? Disse Elisabeth.
-Não
faça perguntas, Elisabeth. Venha conosco. Retrucou Isabel.
Joshua
acenou para mim com a cabeça, e pegou algumas sementes do seu bolso.
Logo, ele as lançou no chão.
-Elisabeth,
você está conosco? Perguntou Joshua.
Elisabeth
olhou para a professora, depois olhou para mim.
-Responda!
Insistiu Joshua.
-Sim!
Ela respondeu. E ficou ao nosso lado.
De
repente mais cinco homens de terno preto apareceram.
-Homens,
peguem-nos. Mas lembrem-se, preciso desses merdinhas vivos.
-Pessoal,
para trás, rápido!
Joshua
abaixou-se e tocou nas sementes que havia jogado no chão. De repente
ele começou a suar.
-Se
não querem morrer, é melhor não chegarem perto de nós. Disse
Joshua, que irradiava confiança.
-Cuidado
Josh! Gritou Plínio.
***
Um
homem de terno avançou na direção de Joshua, mas para a surpresa
de todos, ele foi subitamente devorado por uma planta. Joshua nos
cercou de sementes.
-Aaaaaaaah!!!
-Mas
que diabos! Gritou um dos homens.
Enormes
plantas apareceram em nossa frente, elas tinham um formato de jarro,
com um líquido pegajoso escorrendo pelo tronco. Eram assustadoras.
-Conheçam
a Nephentes attenboroughii,geneticamente modificada, claro.
Não é uma beleza? Disse Joshua. -Essa é uma das maiores plantas
carnívoras conhecidas até hoje. Em seu estado normal elas chegam a
se alimentar de pequenos mamíferos, como ratos por exemplo. Elas
atraem as vítimas através de algumas substâncias, e depois usam
sua gosma para prendê-las. E graças ao nosso querido Dr. Lynder, eu
consigo transformar geneticamente alguns vegetais. A Nephentes
ficou uma maravilha.
O
homem estava se debatendo dentro da planta. As vezes seu braço
aparecia, mas rapidamente era sugado novamente.
-Que
moleque atrevido! Esbravejou Lynder.
-Josh,
não sei se estou me sentindo seguro aqui. Falei.
Joshua
parecia cansado.
-Não
se preocupe, tenho controle sobre elas.
-Não
sabia que você já tinha alcançado um nível tão alto, Joshua.
Disse Elisabeth.
-Nível
alto de quê? Perguntou Plínio.
Para
minha surpresa, Plínio não parecia nervoso.
-Um
nível de luta. Não sei explicar bem. Joshua já consegue fazer
coisas incríveis com seus poderes. Ele está adaptando-se sem
maiores problemas. Respondeu Elisabeth.
-O que
você sabe sobre isso Elisabeth? Você está falando igual aquele
homem que enfrentamos na lanchonete. Falei.
-A
professora Isabel havia me falado a respeito. Ela disse que estes
poderes eram coisas boas, desde que tivéssemos controle sobre eles.
Ela disse que poderíamos desenvolvê-lo, praticando. Estudando nosso
próprio corpo, descobrindo nossos pontos fracos. Mas...
-Mas o
quê?
-Ela
disse que desenvolver esses poderes também pode ser perigoso. Se
usarmos mais força do que realmente temos, podemos nos transformar
em monstros, ou... Morrer.
-Mas...
Então... A professora Isabel já sabia de tudo. Você sabia que a
intenção dela era nos levar para a morte, Elisabeth? Perguntei.
-Josh,
você está bem? Perguntou Plínio, tocando nos ombros do amigo.
-Não!
Eu não sabia! Ela me disse que precisava de ajuda. Disse que muitas
pessoas estavam morrendo, e que se eu não a ajudasse coisas
horríveis iriam acontecer. Ela sabia sobre vocês, e disse que
também corriam perigo, assim como nossas famílias. Foi assim que
ela me contou tudo, e me ajudou a desenvolver meus poderes, para que
eu pudesse ajudá-la. Respondeu Elisabeth, aflita.
-E
aqueles caras da lanchonete? E os monstros que apareceram em Lumus? O
que você sabe sobre isso? Perguntei.
Uma
das plantas de Joshua pegou mais um homem. De repente Joshua caiu
ajoelhado.
-Josh!
Fui a sua direção.
-Zack,
não podemos continuar aqui. Josh não resistirá por muito tempo.
Temos que arranjar um jeito de despistá-los. Disse Plínio.
- Você
está certo. Respondi.
-Vamos
lutar juntos. Disse Elisabeth. – Não podemos nos esconder aqui o
tempo todo.
***
-Senhor,
o que faremos? Não podemos encostar nessas coisas. Disse um dos
homens de terno.
-Calma,
está tudo sob controle. Disse o Doutor, olhando para trás e fazendo
um gesto com as mãos. –Artur, veja se essas plantas gostam de
calor.
De
repente um homem alto e negro se aproximou com um saco pendurado as
costas, e duas pedras em cada mão.
-Sim
senhor.
O
homem deixou as mãos abertas e de repente uma fumaça começou a
subir. Ele começou a atirar pedras na direção das plantas. A força
e a velocidade que ele atirava eram absurdas. As pedras acertavam as
plantas, e atravessavam como se não houvesse nada a frente. A gosma
das Nephentes escorriam pelo chão, e por fim as folhas dos
vegetais começavam a pegar fogo. Pra piorar a situação, as pedras
vinham em nossa direção.
-Cuidado!
Gritou Joshua.
Uma
das pedras passou raspando no meu rosto. Concentrei-me e fiz uma
barreira gelo, mas não adiantou muita coisa. As pedras continuavam a
vir como tiros.
-Vamos
sair daqui! Gritou Joshua.
As
plantas estavam queimando. Elisabeth tomou a frente, e colocou Joshua
para trás. Plínio ficou invisível, mas eu sabia que ele estava ao
lado de Joshua, para apoiá-lo. Concentrei-me o máximo para criar
uma espécie de raio de gelo em minhas mãos, para que pudesse lançar
na direção dos meus inimigos. Não consegui. O raio não foi grande
o suficiente para causar qualquer dano, e um enorme cilindro de gelo
caiu no chão.
-Você
é fraco garoto. Disse Lynder. –Vocês não têm para onde ir.
Elisabeth
recebeu uma pedrada na barriga.
-Ai!
-Elisabeth!
-Eu
estou bem, não foi nada.
-Artur.
Já vi o que gostaria de ver. Estou entrando com Olivar. Não demore
muito.
-Sim
senhor.
O
homem parou momentaneamente de atirar, e nós fomos nos
afastando.Criei uma forte névoa para dificultar a visão do inimigo.
-Zackarie,
é isso! Disse Elisabeth.
-Isso
o quê? Perguntei.
-A
professora. Você não lembra o que aquele homem na lanchonete disse
antes de morrer?
-Ele
disse alguma coisa relacionada a vacinas. Respondi.
-Isso!
Ele disse que alguém havia dado essas vacinas pra ele e seus
companheiros.
-Mas
ele disse que foi um homem.
Acabei
me lembrando daquela cena:
-Eu...
Eu só precisava sobreviver... Nós estávamos juntos quando
aconteceu...
-O
quê? O que aconteceu? Perguntou Joshua.
-Ele
disse... Que as vacinas nos deixariam livres de doenças... Depois
que tomamos... Ficamos assim... Se não conseguíssemos pessoas para
roubar energia... Morreríamos.
-Tenho
certeza, Elisabeth. Ele disse que era um homem. Afirmei.
-Ele
disse que era Oli, Zack. A professora chama-se Isabel Olivar. Os
poderes dela assemelham-se aos deles. É muita coincidência. Ela
poderia estar disfarçada, ou qualquer coisa do tipo. Talvez eles não
tenham visto o rosto dela. Zack, eu tenho certeza, a professora
Isabel está envolvida nisso até o pescoço.
Continua...
9 comentários:
Ahhhh uadafóqui meen??
Eles realmente acham que conseguem dar conta de outras pessoas mutantes e treinadas??
Eu sabia que essa professora não prestava!
Mas e agora? Como ta o Josh? A poha ficou séria!!
Ainda esperando o MIB...
:O
Eu sabiiiiia! Essa professora não vale nada!
Meninos, fujam! Agora vocês precisam treinar para lidar com esses monstros e com o pior é claro, o líder deles!!
Que aflição!
Li os dois últimos capítulos agora. Quando vi a professora dizendo que o nome era Isabel Olivar estranhei, mas não cheguei a pensar que ela fosse Oli.
E agora, como eles vão escapar? Fuuu...
Já desconfiava da professora desdo início, mas continuo com as ideias embaraçadas. complicado né...
Que professorinha falsa, bem que ela nunca me inspirou confiança. Quanto mais eu leio, mais ansiosa eu fico.
Uaaatáhel!
que disgrama... é por isso que eu digo, nunca confie num professor...
eles se fazem de amigos e te reprovam, ou te levam para uma enrascada como essa...
aguardando próximas cenas...
:O
COMASSIM??????
Quer dizer que a professora é o cãaao!!
Fiquei muito curioso. A cena de Joshua com as plantas foi muito boa.
Esperando o prox.
professora da peste!!!
engordou joãozinho e as Mariazinhas para depois comer...hehehe
Zack e sua turma vão tomar uma surra....o melhor agora é fugir, procurar pessoas como eles, formar um pequeno exercito e o mais importante, desenvolver os poderes[FATO]...
Aguardando os próximos caps...
Joshua foi show de bola, caramba eu até desconfiava do cientista maluko, mas da professora...pobre Elizabeth que decepção...mas isso mesmo isso pra mim foi filosofico, as vezes na vida cê da apoio a pessoas cobras e so ver isso depois aff que tenso. Curiosa ai pra saber como é que essa galera vai se safar!!! xeros
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