terça-feira, 27 de novembro de 2012

Adaptation: Capítulo 15

Eu desmaiei, quando acordei estava deitado num colchão, num quarto pequeno. Joshua estava sentado num outro colchão ao meu lado, e Elisabeth estava dormindo na cama.
-Onde estamos Josh?
Ele demorou um pouco para responder.
-Não sei.
-Vamos, temos que sair daqui. Falei.
Quando tentei me levantar, senti uma forte fisgada na perna. Eu estava com um curativo. Joshua apenas olhou para mim.
-Josh...
-Não podemos sair daqui agora. Respondeu Joshua. –Você quase não consegue ficar em pé.
-Plínio! Eles pegaram o P. Não sabemos o que pode estar acontecendo com ele numa hora dessas. Falei com lágrimas nos olhos.
Elisabeth se mexeu na cama e acordou.
-Onde estamos?
-Não sei. Eu e Joshua respondemos ao mesmo tempo.
Elisabeth olhou para todos os cantos do quarto, como se estivesse procurando por algo.
-Temos que ir atrás dele. Falei.
Ouvimos um barulho. O sujeito que nos tirou do campo de batalha entrou no quarto. O homem negro de meia idade tinha alguns cabelos grisalhos, uma cicatriz do lado esquerdo de sua face, sua voz era grave.
-É melhor esquecerem o amigo de vocês, por enquanto. Eles farão a cabeça dele, e se vocês não conseguirem lidar com a situação podem acabar mortos. Disse o homem.
-Do que você está falando? Nós vamos voltar lá e pegar nosso amigo de volta! Retruquei.
-Não conseguirão chegar até ele. Disse o homem.
-Quem é você? Perguntou Elisabeth.
-Achei que não perguntariam. O homem falou com um sorriso de canto. –Me chamo Alex.
-Você cuidou dos nossos ferimentos. Disse Elisabeth.
-Quase não precisei cuidar dos seus. Ele respondeu.
-O que quer de nós, Alex? Perguntou Joshua
-Só quero que não se juntem ao Dr. Lynder.
-Legal, agora estamos na casa do justiceiro. Quer que a gente acredite nessa história. Falei irritado.
Alex deu de ombros e sorriu. Enquanto saía do quarto ele falou:
-Isso, é assim que vocês devem agir. Não confiem em ninguém.
***
Depois de ter dormido mais, levantei-me, já era noite. Joshua e Elisabeth não estavam no quarto. Saí do quarto. Passei por um pequeno corredor, pela cozinha, e cheguei até a porta dos fundos. O quintal da casa era enorme, havia uma parte coberta, onde ficava uma churrasqueira, mais a frente havia uma piscina, e uma área gramada. Elisabeth estava falando num celular. Lembrei-me do meu, e de que deveria ligar para minha mãe. Joshua conversava com Alex na beira da piscina. Aproximei-me de Elisabeth e ela desligou o aparelho.
-Vejo que já estão enturmados. Falei ironicamente.
-Ele está nos ajudando, Zackarie. Estamos nos recuperando graças a este homem, sem ele estaríamos mortos. Ela respondeu.
-Eu preferia estar morto ao invés de ficar aqui de braços cruzados, sem poder ajudar meu amigo.
-Você sabe que não podemos fazer nada. Não temos força suficiente para enfrentar o Dr. Lynder e aqueles grandalhões estúpidos.
Eu sabia que ela dizia a verdade. Nós apenas seríamos espancados e levados pelos homens do Dr.
-Alex disse que vai nos ajudar a controlar nossos poderes. Disse Elisabeth.
-Ele pode fazer isso?
-Não custa deixá-lo tentar.
-Será que não?
Joshua e Alex vieram até nós.
-Vocês formam um casal bonitinho. Disse Alex, me fazendo corar.
-Você está melhor, Zack? Perguntou Joshua.
-Na medida do possível. Respondi. –É verdade que vai nos ajudar com nossos poderes?
-Só se vocês quiserem. Disse Alex.
-O que você estava fazendo ali quando nos encontrou? Perguntei.
-Estava de passagem. Tento ajudar algumas pessoas como nós. Vocês não são os únicos trazidos para o Dr. Lynder. A cidade do Oriente é quase um quartel general, está quase toda contaminada.
-Como você adquiriu seus poderes?
-Trabalhando, fui pego de surpresa.
-O que esse louco quer com tudo isso? Perguntei.
-Poder. Simplesmente poder. É como ter as melhores armas para lutar numa guerra. Ele sabe como criar as armas mais poderosas, e fazer com que elas não se voltem contra ele. Quer dizer, isso é a teoria, na prática muitas coisas saíram do controle do Dr. Lynder.
-Como você sabe disso tudo?
-Eu trabalhava com ele. O ajudei com várias experiências. No início, a intenção dele era fazer com que o corpo humano se tornasse mais forte, aumentando a quantidade de anticorpos, aumentando a potência deles para que se tornassem capazes de destruir vírus mais poderosos. Assim, algumas doenças deixariam até mesmo de existir. Um certo dia, ele conseguiu fazer com que algumas células se modificassem geneticamente, essas células se multiplicaram rapidamente, e alguns ratos-cobaias simplesmente ficaram do tamanho de gatos, fazendo coisas absurdas. Lembro-me que o Dr. disse que aquilo deveria ficar em absoluto segredo. Depois de algum tempo, Lynder tentou vender suas ideias para grandes corporações, nenhuma aderiu, eles o chamavam de louco. Quando ele mostrou suas experiências numa feira de ciências, foi proibido por representantes do governo. Ele não podia fazer tais experiências, pois representavam um grande risco a humanidade. Alguns agentes invadiram o laboratório de Lynder, que ficava na cidade de Pantania, e confiscaram todo o material de pesquisa. Foi quando o Dr. resolveu usar suas últimas fórmulas em humanos, e criar os primeiros mutantes.
-Onde estão esses mutantes? Perguntou Elisabeth.
-Um está na frente de vocês. Não sei dizer onde os outros estão.
-Então você é um dos primeiros mutantes?
-Sim.
-Porque você se submeteu a isso? Perguntei.
-Eu precisava. Estava doente, e não tinha o que perder. Ele disse que a injeção aplicada em mim apenas fortificaria meu corpo. Disse Alex, meio envergonhado.
Ficamos em silêncio.
***
Estávamos jantando enquanto Alex usava seu notebook. Ainda estava imaginando como o Dr. Lynder teria chegado ao ponto em que estava, e desconfiava da verdadeira relação de Alex com essa história. Alex levantou-se.
-Vou tomar banho e me deitar, se precisarem de alguma coisa, fiquem a vontade.
Acenamos positivamente.
O Notebook de Alex estava numa mesinha ao lado do sofá. Fiquei louco para acabar com a desconfiança que sentia.
-Josh, me dê cobertura.
-O quê?
-O que você está pensando em fazer, Zack? Perguntou Elisabeth.
-Shiiiiii! Quietos, apenas vejam se ele não está vindo.
Fui até a sala e peguei o notebook. Procurei por coisas aleatoriamente, encontrei algumas pastas com pesquisas. Encontrei fotos de mutantes, fotos do Dr. Lynder. Vídeos engraçados, muitas músicas.
-Zack, saia daí! Disse Josh.
-Calma, só mais um pouco, vou dar uma última olhadinha.
Continuei a vasculhar os documentos do computador. Procurei por arquivos ocultos, mas não encontrei nada. Já estava quase desistindo, quando verifiquei uma pasta de músicas. Vi uma pasta sem nome e abri, nela havia uma fotografia de Alex beijando uma mulher. Eu a conhecia muito bem. Era a professora Isabel.


Continua...

8 comentários:

Unknown disse...

RÁÁÁÁÁÁÁÁ eu sabia que ele tava fazedo um exercito!! Bem que eu vi que isso tudo não era aleatório!

Mas... Pera... Ele disse guerra? OMFG E se a coisa toda começar a desandar e transformar os caras em zumbis? Vai ver foi assim que começou o The Walking Dead...

Mas essa Isabel é safadeenha viu, aposto que ela é a mandante da coisa toda. Esperem pra ver.

Aguardando o próximo capitulo.

Deborah Miranda disse...

:O
Eu não teho certeza se os meninos podem confiar nesse Alex, ele tem rolo com a professora traíra... vai saber!!
Agora imagine a quantidade de mutantes que o Dr. deve ter ao seu lado... os meninos vão ter que arranjar muita gente ou treinar muiiiito pra conseguir enfrentar o exército de Lynder...

Vamos, quero saber mais... rsrsrs

Saulo disse...

Vixiii. Quer dizer que a professora é namorada/esposa desse Alex???

Estou curioso pra saber o que vai acontecer com Plínio.

Aguardando os prox capitulos.

Gustavo Moreira disse...

Ligar para mãe???

OMG, eu já tinha esquecido que eles são adolescentes...


agora é sério que eles pretendem confiar num cara que disse para não confiar em ninguém?

isso me lembra Eddard acreditando em Petyr...

Aguardando continuidade...

Diego disse...

Agora a poha ficou séria! Esse cara ta do lado quem msm?

Ta todo mundo muito fuu...


aguardo os prox cap.

Aline Sampaio disse...

Vixe! Alex e a professora. Que coragem a dele. Essa história está ficando cada vez melhor.

Eddi Brito Dêda de Andrade disse...

Da última vez eu disse que o enredo desta história estava ficando cada vez mais difícil de entender. Agora esse tal de Max...

Anônimo disse...

"É melhor esquecerem o amigo de vocês, por enquanto. Eles farão a cabeça dele, e se vocês não conseguirem lidar com a situação podem acabar mortos. "

PQP, lavagem cerebral em Plínio...então o P. lutara contra seus amigos...e esta foto? sera que Alex foi traído, o a professora passou por lavagem cerebral tb??
Mistériooo!!!!