Eu
desmaiei, quando acordei estava deitado num colchão, num quarto
pequeno. Joshua estava sentado num outro colchão ao meu lado, e
Elisabeth estava dormindo na cama.
-Onde
estamos Josh?
Ele
demorou um pouco para responder.
-Não
sei.
-Vamos,
temos que sair daqui. Falei.
Quando
tentei me levantar, senti uma forte fisgada na perna. Eu estava com
um curativo. Joshua apenas olhou para mim.
-Josh...
-Não
podemos sair daqui agora. Respondeu Joshua. –Você quase não
consegue ficar em pé.
-Plínio!
Eles pegaram o P. Não sabemos o que pode estar acontecendo com ele
numa hora dessas. Falei com lágrimas nos olhos.
Elisabeth
se mexeu na cama e acordou.
-Onde
estamos?
-Não
sei. Eu e Joshua respondemos ao mesmo tempo.
Elisabeth
olhou para todos os cantos do quarto, como se estivesse procurando
por algo.
-Temos
que ir atrás dele. Falei.
Ouvimos
um barulho. O sujeito que nos tirou do campo de batalha entrou no
quarto. O homem negro de meia idade tinha alguns cabelos grisalhos,
uma cicatriz do lado esquerdo de sua face, sua voz era grave.
-É
melhor esquecerem o amigo de vocês, por enquanto. Eles farão a
cabeça dele, e se vocês não conseguirem lidar com a situação
podem acabar mortos. Disse o homem.
-Do
que você está falando? Nós vamos voltar lá e pegar nosso amigo de
volta! Retruquei.
-Não
conseguirão chegar até ele. Disse o homem.
-Quem
é você? Perguntou Elisabeth.
-Achei
que não perguntariam. O homem falou com um sorriso de canto. –Me
chamo Alex.
-Você
cuidou dos nossos ferimentos. Disse Elisabeth.
-Quase
não precisei cuidar dos seus. Ele respondeu.
-O que
quer de nós, Alex? Perguntou Joshua
-Só
quero que não se juntem ao Dr. Lynder.
-Legal,
agora estamos na casa do justiceiro. Quer que a gente acredite nessa
história. Falei irritado.
Alex
deu de ombros e sorriu. Enquanto saía do quarto ele falou:
-Isso,
é assim que vocês devem agir. Não confiem em ninguém.
***
Depois
de ter dormido mais, levantei-me, já era noite. Joshua e Elisabeth
não estavam no quarto. Saí do quarto. Passei por um pequeno
corredor, pela cozinha, e cheguei até a porta dos fundos. O quintal
da casa era enorme, havia uma parte coberta, onde ficava uma
churrasqueira, mais a frente havia uma piscina, e uma área gramada.
Elisabeth estava falando num celular. Lembrei-me do meu, e de que
deveria ligar para minha mãe. Joshua conversava com Alex na beira da
piscina. Aproximei-me de Elisabeth e ela desligou o aparelho.
-Vejo
que já estão enturmados. Falei ironicamente.
-Ele
está nos ajudando, Zackarie. Estamos nos recuperando graças a este
homem, sem ele estaríamos mortos. Ela respondeu.
-Eu
preferia estar morto ao invés de ficar aqui de braços cruzados, sem
poder ajudar meu amigo.
-Você
sabe que não podemos fazer nada. Não temos força suficiente para
enfrentar o Dr. Lynder e aqueles grandalhões estúpidos.
Eu
sabia que ela dizia a verdade. Nós apenas seríamos espancados e
levados pelos homens do Dr.
-Alex
disse que vai nos ajudar a controlar nossos poderes. Disse Elisabeth.
-Ele
pode fazer isso?
-Não
custa deixá-lo tentar.
-Será
que não?
Joshua
e Alex vieram até nós.
-Vocês
formam um casal bonitinho. Disse Alex, me fazendo corar.
-Você
está melhor, Zack? Perguntou Joshua.
-Na
medida do possível. Respondi. –É verdade que vai nos ajudar com
nossos poderes?
-Só
se vocês quiserem. Disse Alex.
-O que
você estava fazendo ali quando nos encontrou? Perguntei.
-Estava
de passagem. Tento ajudar algumas pessoas como nós. Vocês não são
os únicos trazidos para o Dr. Lynder. A cidade do Oriente é quase
um quartel general, está quase toda contaminada.
-Como
você adquiriu seus poderes?
-Trabalhando,
fui pego de surpresa.
-O que
esse louco quer com tudo isso? Perguntei.
-Poder.
Simplesmente poder. É como ter as melhores armas para lutar numa
guerra. Ele sabe como criar as armas mais poderosas, e fazer com que
elas não se voltem contra ele. Quer dizer, isso é a teoria, na
prática muitas coisas saíram do controle do Dr. Lynder.
-Como
você sabe disso tudo?
-Eu
trabalhava com ele. O ajudei com várias experiências. No início, a
intenção dele era fazer com que o corpo humano se tornasse mais
forte, aumentando a quantidade de anticorpos, aumentando a potência
deles para que se tornassem capazes de destruir vírus mais
poderosos. Assim, algumas doenças deixariam até mesmo de existir.
Um certo dia, ele conseguiu fazer com que algumas células se
modificassem geneticamente, essas células se multiplicaram
rapidamente, e alguns ratos-cobaias simplesmente ficaram do tamanho
de gatos, fazendo coisas absurdas. Lembro-me que o Dr. disse que
aquilo deveria ficar em absoluto segredo. Depois de algum tempo,
Lynder tentou vender suas ideias para grandes corporações, nenhuma
aderiu, eles o chamavam de louco. Quando ele mostrou suas
experiências numa feira de ciências, foi proibido por
representantes do governo. Ele não podia fazer tais experiências,
pois representavam um grande risco a humanidade. Alguns agentes
invadiram o laboratório de Lynder, que ficava na cidade de Pantania,
e confiscaram todo o material de pesquisa. Foi quando o Dr. resolveu
usar suas últimas fórmulas em humanos, e criar os primeiros
mutantes.
-Onde
estão esses mutantes? Perguntou Elisabeth.
-Um
está na frente de vocês. Não sei dizer onde os outros estão.
-Então
você é um dos primeiros mutantes?
-Sim.
-Porque
você se submeteu a isso? Perguntei.
-Eu
precisava. Estava doente, e não tinha o que perder. Ele disse que a
injeção aplicada em mim apenas fortificaria meu corpo. Disse Alex,
meio envergonhado.
Ficamos
em silêncio.
***
Estávamos
jantando enquanto Alex usava seu notebook. Ainda estava imaginando
como o Dr. Lynder teria chegado ao ponto em que estava, e desconfiava
da verdadeira relação de Alex com essa história. Alex levantou-se.
-Vou
tomar banho e me deitar, se precisarem de alguma coisa, fiquem a
vontade.
Acenamos
positivamente.
O
Notebook de Alex estava numa mesinha ao lado do sofá. Fiquei louco
para acabar com a desconfiança que sentia.
-Josh,
me dê cobertura.
-O
quê?
-O que
você está pensando em fazer, Zack? Perguntou Elisabeth.
-Shiiiiii!
Quietos, apenas vejam se ele não está vindo.
Fui
até a sala e peguei o notebook. Procurei por coisas aleatoriamente,
encontrei algumas pastas com pesquisas. Encontrei fotos de mutantes,
fotos do Dr. Lynder. Vídeos engraçados, muitas músicas.
-Zack,
saia daí! Disse Josh.
-Calma,
só mais um pouco, vou dar uma última olhadinha.
Continuei
a vasculhar os documentos do computador. Procurei por arquivos
ocultos, mas não encontrei nada. Já estava quase desistindo, quando
verifiquei uma pasta de músicas. Vi uma pasta sem nome e abri, nela
havia uma fotografia de Alex beijando uma mulher. Eu a conhecia muito
bem. Era a professora Isabel.
Continua...
8 comentários:
RÁÁÁÁÁÁÁÁ eu sabia que ele tava fazedo um exercito!! Bem que eu vi que isso tudo não era aleatório!
Mas... Pera... Ele disse guerra? OMFG E se a coisa toda começar a desandar e transformar os caras em zumbis? Vai ver foi assim que começou o The Walking Dead...
Mas essa Isabel é safadeenha viu, aposto que ela é a mandante da coisa toda. Esperem pra ver.
Aguardando o próximo capitulo.
:O
Eu não teho certeza se os meninos podem confiar nesse Alex, ele tem rolo com a professora traíra... vai saber!!
Agora imagine a quantidade de mutantes que o Dr. deve ter ao seu lado... os meninos vão ter que arranjar muita gente ou treinar muiiiito pra conseguir enfrentar o exército de Lynder...
Vamos, quero saber mais... rsrsrs
Vixiii. Quer dizer que a professora é namorada/esposa desse Alex???
Estou curioso pra saber o que vai acontecer com Plínio.
Aguardando os prox capitulos.
Ligar para mãe???
OMG, eu já tinha esquecido que eles são adolescentes...
agora é sério que eles pretendem confiar num cara que disse para não confiar em ninguém?
isso me lembra Eddard acreditando em Petyr...
Aguardando continuidade...
Agora a poha ficou séria! Esse cara ta do lado quem msm?
Ta todo mundo muito fuu...
aguardo os prox cap.
Vixe! Alex e a professora. Que coragem a dele. Essa história está ficando cada vez melhor.
Da última vez eu disse que o enredo desta história estava ficando cada vez mais difícil de entender. Agora esse tal de Max...
"É melhor esquecerem o amigo de vocês, por enquanto. Eles farão a cabeça dele, e se vocês não conseguirem lidar com a situação podem acabar mortos. "
PQP, lavagem cerebral em Plínio...então o P. lutara contra seus amigos...e esta foto? sera que Alex foi traído, o a professora passou por lavagem cerebral tb??
Mistériooo!!!!
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